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De acordo com o Christian Rocha Coelho, seguindo essas cinco dicas é possível manter equipes multigeracionais engajadas e satisfeitas

No mercado de trabalho atual, é cada vez mais comum o conflito de visões e de valores entre gerações. O aumento da expectativa de vida causou distanciamento entre o nascimento dos grupos, intensificando o contraste entre pensamentos, hábitos e posturas.

No entanto, a existência de equipes multigeracionais, com perfis diversos já é uma realidade e precisa de um trabalho eficiente de gestão. No universo da escola, o mesmo se aplica, sendo fundamental promover ambientes colaborativos, com feedbacks personalizados para todos.

Nesse contexto, a gestão é peça-chave para cada liderança conduzir o corpo docente aos objetivos estabelecidos para o ano letivo. Assim, lidar com gerações diferentes não precisa ser um problema e deve ser visto como uma oportunidade para crescer.

Com isso em mente, hoje trago 5 dicas que podem ajudar as escolas a lidar com essa tendência no mercado de trabalho, sob a perspectiva do gestor escolar:

1- Escute e oriente seu time

Atualmente, o grande desafio em gerir equipes é estar atento às demandas do time e manter o engajamento e a autonomia constantes. Ao se depararem com as principais questões envolvidas na organização da escola, os líderes não devem se manter alheios à rotina de professores, de coordenadores e de alunos.

É fundamental que a gestão escolar aconteça de modo colaborativo, que o time se sinta confortável e, o mais importante, engajado para procurar soluções aos entraves que identificam e a trazer ideias. Para que isso ocorra, o componente geracional precisa ser levado em conta.

Essa participação coletiva necessita ser integrada aos pilares clássicos da gestão das empresas: sistematização dos processos, acompanhamento do desempenho e a governança eficiente. E como fazer isso? Estimulando a autonomia de cada pessoa.

2- Integre novos funcionários à empresa

É estimado que um colaborador somente se sinta completamente integrado à empresa de 4 a 6 meses após a contratação. Esse período, se não for bem conduzido e causar isolamento, por exemplo, pode gerar “turnover”.

Nas escolas, esse processo é ainda mais sensível, uma vez que o contato professor-aluno cria, muitas vezes, conexões. Sendo assim, o processo de adaptação pode ser feito com o apoio de colegas experientes, que estejam há mais tempo na instituição, orientando o recém-chegado sobre como exercer suas funções.

Outros aspectos também precisam ser considerados: profissionais das gerações X e Y tendem a ser mais resilientes, enquanto a chamada Geração Z tende a encarar novos desafios com mais facilidade. Uma pergunta que o gestor deve fazer diariamente: o meu time de docentes tem essa pluralidade? Como lidar com isso de maneira que gere engajamento?

3- Promova interação multigeracional

A tendência natural das pessoas é conviver com outras que possuam a mesma visão de mundo, e isso ocorre, geralmente, com colegas das mesmas gerações. Um erro da liderança é se aproximar de seus iguais e se distanciar dos colaboradores de outras faixas etárias.

Isso fica mais claro nos poucos momentos de interação social, como no almoço, no horário do café e nas visitas às salas dos professores. É preciso manter o equilíbrio nos relacionamentos com todas as gerações, mesmo que às vezes a pessoa não se sinta tão à vontade.

4- Faça feedbacks personalizados

É um instrumento poderoso de alinhamento das expectativas, resolução de problemas e de melhoria da qualidade do trabalho. No entanto, existem formatos específicos de feedback que se adequam a cada geração, podendo proporcionar resultados ainda melhores. A tabela abaixo dá algumas dicas:

5- Desenvolva gestão por meio de valores

Muitas vezes, uma sugestão ou crítica, apresentada em um determinado momento, pode não funcionar de imediato; no entanto, pode ser a solução para um dilema posterior. Portanto, valorize e armazene cada tese exposta.

As gerações Y e Z apreciam as empresas que tenham similaridades em relação a seus valores, propósitos e missão e que também que valorizem aspectos como diversidade de gênero, etnia, idade, formação e outros fatores que tornam as gerações subsequentes mais evoluídas.

Atualmente, os millennials compõem, justamente, a geração com o maior turnover nas empresas. Isso acontece por falta de identificação e engajamento com o ambiente. Para amenizar o problema, é importante que as lideranças escolares coloquem as definições dos seus princípios em reuniões, de forma clara e concreta.

Com essas cinco dicas, é possível manter equipes multigeracionais engajadas e satisfeitas com o ambiente em que trabalham. No final, esse exercício traz um retorno extremamente positivo para o gestor escolar, que verá a sua instituição de ensino funcionando com harmonia.

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