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Na estréia da Coluna Educação Socioemocional, a equipe pedagógica do LIV traz para os leitores do Educador21 algumas explicações sobre inteligência emocional

Equipe Pedagógica do LIV*

Inteligência emocional não é um conceito único ou imutável. Em linhas gerais, descrevemos a inteligência emocional como a capacidade de identificar nossos próprios sentimentos e das outras pessoas, de nos motivarmos e gerirmos os impulsos dentro de nós e em nossos relacionamentos. 

Mas essa é apenas uma definição inicial, pois esse assunto é alvo de inúmeras pesquisas e análises nos campos da psicologia, educação, gestão, dentre outros. Por isso, sempre recomendamos àqueles que se interessam pesquisar em uma variedade de fontes e autores, pois isso permitirá um aprofundamento mais plural e completo. 

Buscar autoconhecimento faz parte da inteligência emocional

Uma parte importantíssima do processo de desenvolvimento da inteligência emocional passa pelo autoconhecimento, ou seja, pela capacidade de cada indivíduo em se escutar e perceber suas emoções e sentimentos. 

Isso significa perceber necessidades, desejos e medos intrínsecos em cada situação, entendendo o que motiva cada ação tomada em diferentes campos da vida.

Importante frisar que autoconhecimento não deve ser visto como uma meta com começo, meio e fim, mas sim como um processo constante de percepção e reflexão. Isso significa estar sempre atento às mudanças internas e externas que nos afetam, procurando agir de maneira consciente e com intencionalidade.

Inteligência emocional é falar de sentimentos – de todos eles

Se alguém disser que a inteligência emocional é “a chave para a felicidade”, desconfie. Quando falamos em identificar e compreender nossos próprios sentimentos, falamos de todos eles, seja amor, raiva, medo, alegria, tristeza ou qualquer outro.

Isso significa compreender que não existe sentimento “bom” ou sentimento “ruim”. Todos são comuns entre os seres humanos e fazem parte de nossas vidas. A proposta de desenvolver a inteligência emocional passa pelo entendimento do que fazer com esses sentimentos em nossas vidas.

Um dos principais responsáveis pela divulgação do conceito, o autor americano Daniel Goleman, defende que a inteligência emocional pode ser aprendida e desenvolvida, e isso depende de um exercício cotidiano ao longo do tempo. 

Para ele, esse aprendizado envolve quatro pilares principais: autoconhecimento, autorregulação, empatia e habilidades sociais (ou habilidades de relacionamento). No caso do autoconhecimento, especificamente, a ideia é assimilar cada sentimento e refletir sobre seus impactos na vida pessoal e coletiva, cuidando das emoções de forma que não sejam prejudiciais para as pessoas ou para a situação. 

Inteligência emocional é também saber escutar

Quando falamos sobre escutar, nos referimos à escuta ativa, um conceito que passa diretamente pela empatia, que, por sua vez, é um dos pilares da inteligência emocional. 

Em um contexto geral, podemos descrever a empatia como a capacidade de reconhecer, sentir e responder às necessidades e aos sofrimentos de outras pessoas, motivando a resolução pacífica de conflitos e aceitação das diferenças.

Quando falamos disso no contexto educacional, significa, por exemplo, apoiar e encorajar os alunos em seus objetivos, ouvir o que eles têm a dizer, ter expectativas elevadas em relação a eles, mostrar interesse como indivíduos e fornecer diferentes perspectivas para a resolução de problemas, dentre outras atitudes.

Pensar criticamente exige inteligência emocional

No cenário contemporâneo, somos convidados constantemente a ter pensamento crítico sobre situações que afetam ou não nosso cotidiano. E isso, sem dúvida, exige muita inteligência emocional, pois pensar criticamente é uma das maneiras de gerirmos os impulsos dentro de nós e em nossos relacionamentos. 

No programa LIV, a habilidade de pensamento crítico é estimulada em todas as aulas, especialmente nos anos finais do ensino fundamental. Assim, essa prática pode tornar-se uma constante na vida das crianças e dos jovens, uma vez que eles são impulsionados a exercerem atitudes e hábitos diante do conteúdo que consomem. 

Um exemplo de como isso acontece na prática é uma atividade para alunos do 8º ano do Ensino Fundamental sobre fake news (ou notícias falsas, em português), na qual eles podem desenvolver o pensamento crítico ao aprender sobre a maneira mais adequada de descobrir se um conteúdo é digno de confiança ou se é apenas “fake”.

*O Laboratório Inteligência de Vida (LIV) é colunista do Educador21

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