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Cada aluno aprende melhor de um jeito. É possível que escolas contemplem essa diversidade? Confira na Coluna do LIV deste mês

Bate a sirene no pátio e, de repente, a sala de aula se enche de alunos. O espaço é tomado por várias histórias diferentes. Alguns estudantes adoram fórmulas, outros preferem longas histórias e bate-papo. E há, ainda, aqueles apaixonados por recursos audiovisuais.  

Diante de tanta diversidade, colégios e professores têm como um dos principais desafios elaborar métodos pedagógicos que contemplem alunos de diferentes perfis, fazendo com que todos sejam acolhidos e capazes de apreender o conteúdo proposto em cada aula.

“A sala de aula é um terreno fértil para aprendizagem, justamente pela diversidade de alunos, que têm histórias, gostos e ideias diferentes. Quanto mais variadas forem as propostas apresentadas, mais fácil vai ser o processo de aprendizagem”, defende Maira Santos Maia, supervisora pedagógica do LIV.

Histórias diferentes, possibilidades ampliadas

Nem sempre a aula expositiva é a única solução. Há estudantes que se beneficiam quando os professores propõem atividades práticas, elegem um filme ou uma música para ilustrar o conteúdo.

Maira ressalta que usar diferentes abordagens pode potencializar a aprendizagem para a turma inteira. Um aluno que mostra dificuldades com determinado conteúdo, por exemplo, pode passar a entendê-lo melhor, caso ele seja apresentado de outra forma, mais adequada ao seu perfil. Outro, que não tinha dificuldades com o método usado anteriormente, pode passar a gostar de novas abordagens.

“Se um aluno gosta de estímulos auditivos ou visuais, isso não significa que ele não irá aprender se na sala de aula ele não tiver esses estímulos. Porém, o processo de aprendizagem pode ficar mais gostoso e atrativo se tiver coisas que o estimulem e chamem a atenção. Educadores e estudiosos, como David Rodrigues, Luzia Rodrigues e Mantoan, têm nos mostrado que quanto maior e mais diversificados os estímulos num lugar de aprendizado, melhor o processo para a turma como um todo”, diz Maira.

Iniciativas para uma escola mais integrada

Mas, na prática, como abarcar todos os alunos e formas de aprendizagem? Maira sugere, em primeiro lugar, que os gestores estejam atentos às necessidades de toda a comunidade escolar para facilitar o processo.

“Como a educação é uma troca, é preciso escutar, entender quais as potencialidades dos professores e alunos, quais formatos de aula que os professores pensam, se eles precisam do apoio da direção caso tenham um planejamento diferente ou necessitem da ajuda dos inspetores, por exemplo”, diz.

Como segunda ideia, a especialista do LIV diz que é preciso compreender o histórico de diversidade de alunos e professores e buscar saber quais são seus interesses, de onde tiram suas referências e quais são suas realidades. É fundamental explorar e aproveitar a riqueza de multiplicidades, formatos e contextos que já existem em sala de aula.

“Se os alunos estão escutando um tipo de música não significa que o professor precisa transformar a aula em um TikTok, mas sabendo o que eles estão ouvindo, o educador pode pensar no que pode levar de diferente, que vai chamar a atenção do aluno. Pode indagar: ‘o que tem da minha região que eu posso trazer para minha sala de aula, para dar sentido ao ensino e ampliar o lugar de referências?’”, provoca Maira.

LIV usa diferentes ferramentas para tornar as aulas mais inclusivas

Para ajudar no desenvolvimento de habilidades socioemocionais como pensamento crítico e comunicação, o LIV trabalha com diferentes recursos em sala de aula, valorizando o que cada um oferece de melhor. Dependendo da faixa etária e do objetivo pedagógico, são utilizadas abordagens e ferramentas específicas.

Nos anos iniciais, por exemplo, as aulas do LIV contam com histórias que ajudam os alunos a conhecer e nomear seus sentimentos. São oferecidos mascotes de pelúcia que dão materialidade aos personagens,  que podem ser levados para casa, fazendo com que as crianças interajam ainda mais com o que foi apresentado. 

Já em segmentos onde os alunos são maiores, há materiais para debates a partir de temáticas atuais, reflexões sobre dados científicos, séries audiovisuais exclusivas e uso inteligente de redes sociais. Além disso, os estudantes participam de dinâmicas como os círculos de confiança, em que a fala e a escuta atenta são encorajadas.

A gamificação é outro recurso utilizado no material LIV disponível para as escolas parceiras. Pesquisas recentes mostram que usar a lógica inerente aos jogos ajuda no engajamento dos alunos. 

“Não temos um formato único, a ideia é oferecer uma diversidade de formatos para os professores. E fazemos pesquisas com os alunos para entender quais formatos de linguagem mais engajam, quais métodos são mais eficientes, para trazer algo que dê mais vontade, liberdade e desejo de estar em sala de aula”, completa Maira.

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