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A saúde financeira das instituições de ensino foi discutida por representantes da fintech Educbank e da Corus Consultores

O ensino básico foi o segmento educacional que mais sofreu as consequências imediatas da crise econômica resultante da pandemia do coronavírus. O foco de atenção dos gestores das instituições de ensino busca de novas estratégias para superar os desafios impostos por esse período chamou a atenção de especialistas da área econômica, que destacam a importância de se ter um planejamento e um controle financeiros mais eficazes na gestão escolar.

Dois deles deram uma verdadeira aula aos presentes à primeira palestra do Fórum de Gestores no segundo dia da Bett Brasil 2022.  O fundador do Educbank — primeira plataforma financeira dedicada às Escolas brasileiras –, Danilo Costa, e o sócio-fundados da Corus Consultores, Fernando Barão, falaram sobre “Saúde financeira das instituição de ensino” para um auditório lotado de gestores e diretores atentos, preocupados em contornar problemas persistentes como inadimplência e evasão escolar, que contribuíram para o fechamento de muitas escolas no pós-pandemia.

Barão falou sobre as oportunidades criadas, por exemplo, pelo crescimento do processo de aquisições de escolas. “Muitas escolas arrefeceram, e muitos fundos viram a oportunidade de comprar mais barato. Mas é um processo muito antigo, acelerado pela situação atual. A grande diferença é que a escola pode continuar sendo familiar, mas a gestão precisa de profissionalizar.” O especialista ainda destacou que não há uma “receita de bolo” para implementar uma boa gestão financeira escolar. Mas confirmou que há um ponto comum: a atenção “xiita” à folha de pagamento é o principal fator para o sucesso do setor. Aliado a isso, adotar critérios rigorosos para conceder descontos.

Já Danilo Costa explicou a atuação da fintech Educbank, que anula o problema de inadimplência da escola. “Nós construímos uma solução definitiva para a inadimplência. Nós nos tornamos responsáveis e anulamos a inadimplência da escola. Depositamos no início do mês 100% do valor integral das mensalidades, como se 100% das famílias estivessem pagando em dia. Com isso, a escola deixa de ter inadimplência e não precisa mais cobrar. Esse é o nosso risco; as famílias nem sabem que o Educbank existe, porque somos um apoiador financeiro da instituição”, explicou.

De acordo com Costa, para assumir esse risco, o Educbank analisa a parte acadêmica da escola, o relacionamento da instituição com os pais, rotatividade dos professores, performance social e institucional das escolas que seleciona para homologar o apoio financeiro. “Quanto maior é a qualidade que uma escola entrega, melhor é o rating dela no Educbank. Ou seja, quanto maior a qualidade da escola, mais acesso a capital ela vai ter com o Educbank”, explicou o especialista, frisando que a arquitetura bancária brasileira não foi desenhada para servir o setor de educação básica. “E por isso que fintechs de nicho surgiram para levantar essa bandeira.”

O Educbank, além do apoio financeiro, oferece um apoio mais global às escolas, que Danilo Costa chama de “ecossistema de apoio ao mantenedor”. O Educbank oferece serviços de contabilidade, marketing e a partir de junho iniciarão projetos de financiamento de energia solar para escolas. “Essa informação é em primeira mão aqui para o Fórum. Estamos já com uma demanda incrível. E vamos lançar no segundo semestre um fundo imobiliário para mantenedores que tenham interesse em vender o imóvel, mas continuar como inquilino da escola. É uma grande fonte de liquidez estimada em cerca de R$ 1 trilhão”, anunciou o fundados do Educbank.

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